O Itaú Unibanco está mais próximo de comprar as operações de varejo, ou seja agências e negócios com pessoas físicas, do Citibank. A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que o órgão aprove a negociação.
O parecer orienta que a aquisição do varejo do Citibank pelo Itaú seja aprovada desde que o Itaú se comprometa a assinar um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) com o Cade.
Leia também:
Itaú Unibanco anuncia aquisição dos negócios de varejo do Citibank no Brasil
Itaú fecha a compra da Credicard por R$ 2,8 bilhões
Mercado de trabalho explica estabilidade nas vendas em maio, diz gerente do IBGE
A exigência do acordo ocorre após a Superintendência-Geral analisar o mercado bancário brasileiro e identificar que a competição entre bancos é baixa e que uma fusão entre Itaú e Citibank sem qualquer garantia seria nociva.
A análise levou em conta os diversos serviços prestados pelos bancos, como depósito à vista e a prazo, crédito ao consumidor, cartão de crédito, entre outros.
– Nesse contexto, o órgão, ao longo da instrução, buscou verificar se a aquisição do Citibank aumentaria esses problemas encontrados no mercado, de modo a reduzir a concorrência no setor – diz a superintendência do Cade.
No parecer, a superintendência ainda avaliou o mercado bancário no Brasil.
– Verificou-se que o mercado apresenta diversos problemas competitivos, como baixa portabilidade, elevado spread bancário (lucro do banco, advindo da diferença entre a taxa de captação dos recursos e os juros cobrados dos clientes) e altos índices de reclamação em relação à qualidade dos serviços.
A recomendação segue para o tribunal do Cade, responsável pela decisão final, que pode acolher ou adotar outras medidas - como aprovar a operação, reprová-la ou ainda adotar outras soluções para assegurar o equilíbrio no mercado.
O prazo legal para a decisão final do Cade é de 240 dias, prorrogáveis por mais 90.