Com avanço de 1%, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro superou o desempenho da maioria das potências econômicas mundiais no primeiro trimestre de 2017. Conforme os números da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês), o resultado do Brasil supera o crescimento dos Estados Unidos (0,2%) e da Zona do Euro (0,5%) no período em relação ao quarto trimestre de 2016.
O desempenho brasileiro também fica acima da Itália (0,2%), da França (0,3%) e da Alemanha (0,6%), economias que puxaram o PIB da União Europeia (0,5%) entre janeiro e março deste ano.
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Na comparação com os asiáticos, o Brasil superou o Japão (0,5%), mas ficou abaixo dos chineses (1,3%). A economia da China segue buscando uma transição entre o modelo de consumo para o de investimento, como espera o governo, e vem demonstrando sinais de estabilização.
Confira o PIB do primeiro trimestre nas principais economias do mundo:
– Estados Unidos: 0,2%
– Itália: 0,2%
– França: 0,3%
– Reino Unido: 0,3%
– Zona do Euro: 0,5%
– União Europeia: 0,5%
– Japão: 0,5%
– Rússia: 0,5%
– Alemanha: 0,6%
– Brasil: 1%
– China: 1,3%
Fonte: OECD.
Base de comparação fraca
Apesar de apresentar desempenho mais positivo que a maioria das principais economias do mundo no primeiro trimestre, o PIB brasileiro registrou recuo de 3,6% no último ano. Com isso, a base de comparação da economia do Brasil ainda é negativa, já que o país vinha de oito trimestres seguidos de recessão, reduzindo a atividade econômica.
Em 2016, o Brasil teve a maior queda entre as principais economias do mundo.
Veja, abaixo, o resultado anual dos países:
Desempenho da economia brasileira
Em valores correntes, o PIB brasileiro no primeiro trimestre totalizou R$ 1,6 trilhão. Dentro desse total, a agropecuária registrou R$ 93,4 bilhões, a indústria R$ 291,1 bilhões e os serviços R$ 996,4 bilhões.
Como o esperado, o avanço mais forte veio do campo, impulsionado pela supersafra colhida no início do ano. A agropecuária cresceu 13,4%. Setor mais debilitado pela crise e que vinha sofrendo antes mesmo de a economia entrar oficialmente em recessão, a indústria teve expansão de 0,9%. As fábricas também acumulavam dois anos seguidos de resultados negativos. Os serviços, segmento de maior peso na economia, ficaram estáveis, também após oito trimestres consecutivos de queda.