O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação em 2017 pela décima vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,01% para 3,93%, de acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (15).
É a primeira vez que a projeção de inflação para o ano fica abaixo de 4% e segue abaixo do centro da meta, que é de 4,5%. Há um mês, os economistas estimavam em 4,59% a taxa de inflação de 2017. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa ao IPCA caiu de 4,39% para 4,36%.
Leia mais
Vendas no Dia das Mães caem 4% no RS, aponta balanço preliminar
Setor de serviços recua 5% no Brasil em março, aponta IBGE
Petrobras tem lucro de R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre
Ainda segundo o Focus, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia neste ano foi ajustada de 0,47% para 0,5%. Para o próximo ano, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) permanece em 2,5%.
Além disso, para as instituições financeiras e economistas consultados pelo Focus, a taxa básica de juro (Selic) encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano (a.a.). Atualmente, a Selic está em 11,25% a.a.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Para o dólar, o mercado estima cotação de R$ 3,25 ao final de 2017. Já para o fim do próximo ano, a moeda norte-americana é prevista em R$ 3,18.
*Agência Brasil