Correção: entre 23h18min de 11/05/2017 e 15h33min de 12/05/2017, pela supressão de uma palavra, o texto citava de forma incorreta uma declaração de Guilherme Benchimol, presidente da XP Investimentos, de que haveria alteração na relação da corretora com seus clientes. Na verdade, Benchimol afirmou o oposto disso – não haverá mudanças no relacionamento. A informação foi corrigida.
O Itaú Unibanco, informou por meio de fato relevante nesta quinta-feira à noite (11), a compra da participação de 49,9% do capital social da XP Investimentos, corretora nascida em Porto Alegre. A aquisição será feita por meio de aporte de capital no valor de R$ 600 milhões e compra de ações de emissão da XP detidas pelos vendedores no valor de R$ 5,7 bilhões. No total, serão aplicados R$ 6,3 bilhões no negócio. A finalização da transação depende da análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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O Itaú também firmou o compromisso de comprar mais 25% da XP até 2022, adquirindo mais da metade do empreendimento. Com o negócio, a instituição financeira poderá indicar dois dos sete membros do conselho de administração da XP.
Em nota, o presidente da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, confirmou a operação e afirmou que a associação com a instituição bancária é um "importante passo para a empresa se tornar a maior e melhor empresa de investimentos do Brasil". No comunicado, Benchimol destacou que não há alteração na relação da corretora com seus clientes:
"Nada muda no nosso relacionamento. Continuamos focados na nossa missão de ajudar o brasileiro a investir melhor por meio de assessoria de investimentos personalizada, plataforma aberta de produtos e taxa zero", informa um trecho da nota.
A XP Investimentos está presente em 130 cidades brasileiras em 24 Estados, além de escritórios em Nova Iorque, Miami, Londres e Genebra. A empresa conta com 850 colaboradores, 2 mil agentes autônomos, 410 mil clientes e possui R$ 85 bilhões de ativos sob custódia e R$ 12 bilhões de ativos administrados, tendo como principais negócios a corretagem de valores e títulos mobiliários, a distribuição de produtos de investimentos e a gestão de recursos de terceiros.
"Por ser uma plataforma de distribuição com arquitetura aberta, e diante das perspectivas de redução da taxa de juro básica e de crescimento da economia brasileira, o Grupo XP tem grande potencial de crescimento nos próximos anos", avaliou o Itaú no fato relevante.
A possibilidade da compra foi noticiada pela colunista Marta Sfredo, de Zero Hora, na quarta-feira (10). Na ocasião, a corretora afirmou estar avaliando alternativas para expansão, com eventual entrada de sócio com participação minoritária, mas descartou venda total ou alteração em seu controle.
*Zero Hora