A Celulose Riograndense confirmou o forte corte na produção noticiado pela Rádio Gaúcha na sexta-feira. A redução deve ficar entre 150 mil e 200 mil toneladas em 2017 na fábrica de Guaíba. As informações são da Rádio Gaúcha.
A empresa é da chilena CMPC. Conforme nota, o motivo é mesmo a parada não programada ocorrida entre os dias 10 de fevereiro e 20 de março deste ano.
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"Hoje, a Linha 2 está produzindo 1,3 milhão de toneladas anuais, o que corresponde à sua capacidade plena instalada. Entretanto, devido ainda a esta parada inesperada, a empresa terá de executar uma manutenção anual que se estima seja realizada no princípio do segundo semestre. Esta parada é a que se realiza todos os anos e na qual será feita também uma inspeção na falha ocorrida em fevereiro. Dessa forma, com mais esta parada, a empresa estima uma perda total em volume, para este exercício, entre 150 e 200 mil toneladas de celulose de fibra curta de mercado", diz o comunicado enviado para a Rádio Gaúcha.
A empresa não fala em cifras. Porém, pessoas que atuam no mercado aqui no Rio Grande do Sul falam em prejuízo de R$ 1 bilhão, considerando esta segunda parada.
Em fevereiro, um forte barulho na fábrica assustou moradores de Guaíba. Foi provocado por um procedimento feito após uma mangueira de uma das caldeiras furar. Foi feita uma parada emergencial, informou a Celulose Riograndense na época.
Pesquisa do IBGE divulgada nesta semana apontou queda na produção industrial do setor no Rio Grande do Sul. Segundo o levantamento, a fabricação de celulose e papel caiu 25,2% em março na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi a principal pressão negativa sobre o desempenho total da indústria gaúcha. A pressão veio do corte na produção de celulose (pastas químicas de madeira), segundo o IBGE. O resultado chegou a pressionar o resultado do primeiro trimestre inteiro da indústria gaúcha.
Em dezembro, o presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, disse que a empresa atingiria capacidade plena de produção em 2017 – 1,8 milhão de toneladas. A fábrica foi ampliada com um investimento de US$ 2,5 bilhões, considerado o maior investimento privado já feito no Rio Grande do Sul.
*Rádio Gaúcha