De janeiro a março, as exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 3,32 bilhões, 18,1% a mais em relação ao mesmo período de 2016. O grupo das commodities exerceu a maior contribuição positiva para o resultado, ao crescer 104,3% e totalizar US$ 564 milhões por conta da supersafra de soja: 235,6%.
A indústria embarcou US$ 2,73 bilhões, o que representou 8,9% a mais nessa base de comparação – a maior taxa já registrada para o período desde 2011 (27,6%).
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– Em meio ao cenário de tantas dificuldades, precisamos comemorar a retomada mais consistente da demanda externa da Argentina, o reduzido impacto da Operação Carne Fraca sobre as vendas externas do complexo carne do RS em março e a recuperação dos preços de importantes setores, como alimentos e químicos – destacou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller.
No levantamento divulgado nesta quarta-feira pela entidade, os três maiores segmentos da pauta exportadora gaúcha também foram os principais destaques das vendas no trimestre: veículos automotores, reboques e carrocerias (77,3%), alimentos (17,6%) e químicos (13,6%). Por outro lado, tabaco (-35%) e celulose e papel (-38,9%) exerceram as principais contribuições negativas. No primeiro caso, pesou a herança negativa proveniente da safra de 2016, levando à queda da oferta para exportação, enquanto que no segundo predominaram os problemas no funcionamento de parte dos equipamentos de uma importante empresa do ramo.
As importações do primeiro trimestre totalizaram US$ 2,11 bilhões, acréscimo de 19,2%. Na cesta de compras do Rio Grande do Sul destacaram-se os bens intermediários (27,9%), de consumo (73,1%) e de capital (4,8%). Por outro lado, as compras de combustíveis e lubrificantes no trimestre diminuíram 47%. Os sinais de estabilização da atividade econômica gaúcha e o otimismo dos empresários industriais com relação aos próximos seis meses ajudam a explicar esse resultado.
Em março, as vendas externas gaúchas alcançaram US$ 1,31 bilhão, alta de 14,8% em relação ao mesmo período de 2016. A indústria apresentou leve crescimento (0,4%). Os melhores resultados vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (87,1%), químicos (13,8%) e produtos de metal (37,8%). Tabaco (-48,6%), celulose e papel (-66%) e alimentos (-7%) registraram as maiores perdas. O Rio Grande do Sul foi o sétimo Estado exportador do país no período. Por sua vez, as importações atingiram US$ 782,1 milhões, alta de 15,6%.