Soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 3,6% em 2016 em relação ao ano anterior. É o segundo ano de recessão e o segundo maior tombo da economia brasileira em 26 anos – em 1990, quando o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello confiscou as poupanças, o recuo foi de 4,3%. Em 2014, a produção econômica do país já havia ficado estagnada e avançado apenas 0,5%.
Os dados foram divulgados, nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntamente com o resultado do PIB do 4º trimestre do ano passado, que fechou com redução de 0,9% na série com ajuste sazonal, em comparação com o trimestre anterior.
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O resultado do ano já era esperado. O mercado financeiro projetava uma queda projetada de 3,5%. Contudo, no mês passado, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontava recuou 4,34% .
Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas em 2016 chegou a R$ 6.266,9 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu 4,4% em relação a 2015, ficando em R$ 30.407. Inflação, juro alto e desconfiança dos investidores estão entre as razões do encolhimento da economia.
O desempenho negativo da economia foi puxado pelo desempenho da agropecuária, que caiu 6,6%. Indústria e serviços também registraram taxa negativa: -3,8% e - 2,7%, respectivamente.