Em dois anos, o setor naval cortou 4.627 empregos no Rio Grande do Sul, caindo pela metade o número de postos de trabalho. O levantamento é do Dieese e usa dados do Ministério do Trabalho de empregos formais. Em geral, informações do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) costumam ser ainda mais negativas. As informações são do blog Acerto de Conta$, da Rádio Gaúcha.
O resultado do Rio Grande do Sul foi o segundo pior do país. Ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, que perdeu 7.470 postos de trabalho.
A pesquisa considerou 15 municípios espalhados por nove Estados. Representam 74% da base do segmento naval, segundo o Dieese.
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No país, foram cortados quase 15 mil empregos. Ficou com 40.232, dos quais 4.264 ainda estão no Rio Grande do Sul.
O município de Rio Grande concentra 4.357 destas demissões consideradas no levantamento. Só em dezembro de 2016, a Engevix entrou com pedido de recuperação judicial e dispensou mais de 3 mil trabalhadores.
Para lembrar, 2014 foi o ano do clímax na indústria naval brasileira. Os escândalos de corrupção na Petrobras, revelados pela Operação Lava-Jato, derrubaram investimentos e provocaram a crise no setor.