A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,392 bilhões no primeiro mês de 2017, um aumento real (já descontada a inflação) de 0,79% na comparação com igual mês de 2016. Em relação a dezembro, houve aumento de 7,26%.
Essa foi a primeira vez desde 2014 que a arrecadação federal apresentou crescimento real (acima da inflação) em janeiro. De acordo com a Receita, o início da recuperação da economia, o aumento do pagamento de royalties de petróleo e uma arrecadação atípica de R$ 487 milhões de Imposto de Renda sobre ganhos de capital na alienação (venda) de bens influenciaram no resultado.
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Duas grandes operações financeiras que ocorreram no mês de janeiro também podem estar relacionadas a esse resultado, ambas no setor de energia. O leilão de privatização da Celg, distribuidora de energia goiana, ocorreu no fim de novembro, mas a liquidação da operação foi em 30 de janeiro. O vencedor foi a italiana Enel, que pagou R$ 2,187 bilhões. Já a chinesa State Grid gastou R$ 14,19 bilhões para adquirir o controle da CPFL Energia em 23 de janeiro. Agora, a companhia pretende comprar as ações da CPFL ainda no mercado.
Além disso, as receitas administradas por outros órgãos subiram 60,86% em janeiro, passando de R$ 3,242 bilhões no mesmo mês de 2016 para R$ 5,494 bilhões no primeiro mês deste ano.
O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 20 casas ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 124,500 bilhões a R$ 138,500 bilhões, com mediana de R$ 136,335 bilhões.
*Estadão Conteúdo