Até o final de novembro, 84 milhões de brasileiros vão receber a primeira fatia de um bolo de R$ 197 bilhões que será pago a título de 13º salário. O benefício é um alívio para o bolso: pode ser aquele extra que faltava para zerar dívidas em atraso, fazer uma reforma na casa ou guarnecer a poupança para as contas de final de ano. Aos que estão em dia com as prestações, pode até servir para a compra de presentes de Natal e a entrada para pacotes de férias.
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– É preciso avaliar quanto poderá ser gasto com presentes ou preparativos para festas de fim de ano. O importante é não investir tudo em lazer, mas reservar uma parte para as despesas do início do ano, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar – sugere o orientador financeiro Reinaldo Domingos, do Instituto Dsop.
No Rio Grande do Sul, 5,7 milhões de pessoas vão receber, no total, R$ 12,7 bilhões, conforme o Dieese. Têm direito ao 13º trabalhadores do mercado formal, nos setores público e privado, inclusive empregados domésticos. Também recebem os beneficiários da Previdência Social e os pensionistas.
Reinaldo Domingos, educador financeiro, aponta que o 13º, assim como outras bonificações ou adicionais pagos neste final do ano, pode aumentar o poder de barganha da população diante de credores ou do comércio: com dinheiro na mão para pagar à vista – algo raro em tempos de crise–, é possível renegociar dívidas pleiteando bons descontos nos juros e negociar pagamento à vista de eletrodomésticos, eletrônicos ou roupas, por exemplo.
– Se um produto custa R$ 1 mil e pode ser parcelado em 10 vezes sem juros, certamente à vista custará de 10% a 20% menos – diz Domingos – Não há por que ter vergonha de pedir descontos: é negociando que se busca o melhor preço.
Para os endividados, a sugestão é utilizar apenas parte do 13º para colocar as contas em dia – e reservar outro tanto para alcançar o que chama de "sonhos": objetivos de curto, médio e longo prazos. Ter uma meta pode ajudar a desenvolver o espírito de poupador e evitar novas dívidas.