Cozinhar em casa é difícil: é preciso ter os ingredientes na despensa, habilidade de preparar os pratos e, principalmente, disposição e tempo para fazê-los. É tão mais fácil entrar em um restaurante e servir-se de tudo o que gosta, ou simplesmente pedir uma telentrega, que essa acaba sendo a opção de muitos. Mas a praticidade tem um preço, e escolher fazer a refeição pode representar uma boa economia no final do mês.
Apesar de alguns contras, levar comida para o trabalho ou almoçar no próprio lar tem muitas vantagens. E não só por ser possível fazer as refeições exatamente como se gosta. Cozinhar significa também poupar em ingredientes – que podem ser comprados em um dia e usados ao longo da semana, ou do mês –, e não ter de pagar por todos os serviços associados a um restaurante, que encarecem o produto final.
Leia também
Como driblar a disparada de preços em Porto Alegre, a capital da inflação
O que fazer enquanto o preço do leite estiver alto
Como aproveitar as liquidações de inverno
– A falta de tempo é o argumento mais citado pelas pessoas como justificativa para não comer bem, por isso é preciso reservar um tempo na semana para preparar as refeições com antecedência, higienizar legumes e verduras, cortar as frutas e organizar lanches – afirma a nutricionista Simone Bach.
Para se ter ideia do quanto custa almoçar em restaurantes, uma pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) aponta que, em 2016, o preço médio das refeições em Porto Alegre fica em R$ 32,52 – incluindo bebida, sobremesa e café. É claro que, procurando, encontram-se opções bem abaixo desse valor, mas mesmo assim cozinhar em casa acaba saindo mais em conta.
– Vale muito mais a pena. Você pode comprar ingredientes em maior quantidade e usá-los quando quiser, aproveitar as promoções, escolher as marcas de que gosta. A pessoa, sozinha, não tem todo o custo que o restaurante tem para operar, então acaba pagando bem menos – indica o economista Jackson Busato.
Há, contudo, alguns pontos a se considerar. Fazer refeições em casa demanda tempo, não só para cozinhar, mas também para lavar as panelas; leva a alguns gastos além dos ingredientes, como uso de gás e água; e pode representar também despesas com locomoção, para quem não leva uma marmita para o trabalho, por exemplo.
Mas para quem está disposto a superar essas questões, a nutricionista Simone Bach topou preparar um cardápio com sete refeições pensadas para um casal a um preço baixo: menos de R$ 100. E você: aceita o desafio de cozinhar em casa, fazer refeições saudáveis e gastar menos?