A companhia Oi prevê a venda das operações de telefonia móvel da companhia em seu plano de restruturação entregue à Justiça. O objetivo da empresa é a partir de agora se concentrar na divisão fixa, em especial na banda larga fixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leia mais
Oi passa de supertele a supertombo
Sebrae e OAB lançam projeto para orientar credoras da Oi
TCU não autoriza Anatel a assinar acordo com a Oi
O documento com a proposta de recuperação judicial foi entregue nesta segunda-feira, à Justiça e traz um leque de opções para os credores sem garantia real, a maior parte do total. O documento prevê carência entre cinco e 10 anos para início do pagamento a esse grupo, sendo a dívida quitada em até 19 anos após a homologação do plano.
Com dívidas de cerca de R$ 65 bilhões, a empresa criada para ser a 'supertele nacional' - e concorrer com gigantes como a espanhola Telefônica/Vivo, a italiana Tim e a mexicana América Móvil (Claro e da Embratel) - virou a protagonista do maior processo de recuperação judicial já feito no Brasil.
Para créditos trabalhistas, o pagamento ocorrerá em cinco parcelas mensais iguais, com seis meses de carência após a homologação do plano.
A situação da empresa se agravou depois que sua sócia Portugal Telecom levou um calote de 897 milhões de euros em 2014 da holding Rioforte, braço não financeiro do Banco Espírito Santo (BES), que acabou dissolvido. Depois disso, a Oi viu seus resultados piorarem e passou por trocas de executivos.