O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou nesta terça-feira a reunião de dois dias para definir a taxa básica de juros, a Selic. É o segundo encontro sob o comando do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano – maior nível desde outubro de 2006. Pelas expectativas de instituições financeiras, a Selic será mantida no mesmo patamar na reunião deste mês, mas até o final do ano será reduzida. A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2016 em 13,75% ao ano.
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Mudanças no formato da reunião
Depois da posse de Ilan Goldfajn como presidente do BC, mudanças na comunicação e no formato da reunião do Copom foram implementadas. Anteriormente, a diretoria do BC participava, pela manhã, de análises de mercado e, à tarde, tinha início o colegiado para definir a Selic. Agora, o BC incorporou a análise de mercados à reunião do Copom, no período da manhã. E, à tarde, é feita a análise da conjuntura.
No segundo dia de reunião, após a análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, os diretores e o presidente do Banco Central definem a taxa. A divulgação da decisão sobre a taxa ocorre por volta das 18h.
Inflação
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.