O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) passou de 0,51% em abril para 0,86% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Considerada uma prévia da inflação oficial, a taxa é a maior para o quinto mês do ano desde 1996, quando chegou a 1,32%.
Com a alta na comparação com abril, o IPCA-15 acumula avanço de 4,21% no ano, abaixo dos 5,23% registrados em igual período de 2015. Na relação dos últimos 12 meses, o índice teve elevação de 9,62%. Em maio do ano passado, estava em 0,60%.
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O índice geral da pesquisa foi pressionado principalmente pelos alimentos, cujos preços tiveram alta de 1,03%, com destaque para os avanços dos valores de batata-inglesa (29,65%), feijão-carioca (5,04%), farinha de mandioca (4,45%) e leite (2,82%). Com isso, o grupo alimentação e bebidas teve elevação de 1,03% em maio.
Além dos produtos presentes na mesa dos brasileiros, os preços dos remédios subiram 6,50% neste mês. A elevação, conforme o IBGE, impulsionou a alta de 2,54% do grupo saúde e cuidados pessoais.
Em relação aos locais pesquisados, a Região Metropolitana de Fortaleza foi responsável pelo maior aumento em maio (1,19%), seguida de Salvador (1,13%). Porto Alegre, por sua vez, registrou avanço de 0,98%, o terceiro maior do levantamento. Por outro lado, o menor foi registrado em Brasília (0,55%).
Com o resultado deste mês, a Região Metropolitana de Porto Alegre acumula altas de 4,97% no ano e de 10,44% em 12 meses. Os índices são os segundos maiores nesses tipos de comparação.
De acordo com o IBGE, a coleta de dados da pesquisa teve início em 14 de abril e término no último dia 13.