A Caixa Econômica Federal registrou queda de 45,9% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto foram registrados R$ 838 milhões nos três primeiros meses de 2016, o rendimento chegou a R$ 1,548 bilhão entre janeiro e março de 2015.
Se comparado ao último trimestre do ano passado, quando o lucro líquido foi de R$ 636 milhões, o quadro representa um aumento de 31,7%. Dentre os números divulgados nesta segunda-feira, figura o resultado operacional no primeiro trimestre, que foi de R$ 385,3 milhões, mostrando elevação em relação aos dois últimos trimestres de 2015.
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O índice de inadimplência caiu 0,04 ponto percentual e encerrou o primeiro trimestre em 3,51%, abaixo da média de mercado, de 3,55%. As despesas com provisão para crédito de liquidação duvidosa diminuíram em 24,2% em 12 meses e 3,6% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 3,8 bilhões.
Avanço do crédito
A carteira de crédito ampla avançou 9,2% em 12 meses e 0,7% no trimestre. O saldo alcançou R$ 684,2 bilhões, representando 21,5% do mercado, aumento de 1,2 ponto percentual em 12 meses, sendo o crédito habitacional o principal destaque, com ampliação de 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, e de 1,2% no trimestre. A carteira de financiamento imobiliário alcançou saldo de R$ 388,9 bilhões e 66,9% de participação no mercado.
As operações comerciais com pessoas físicas e jurídicas totalizaram R$ 198,1 bilhões, alta de 3% em 12 meses. O destaque foi o crédito consignado, que cresceu 12,1%, fechando o mês de março com saldo de R$ 60,5 bilhões e participação no mercado de 21,7%, ganho de 0,9 ponto percentual em 12 meses. Já as operações de saneamento e infraestrutura apresentaram, no trimestre, saldo de R$ 73,1 bilhões, avanço de 21,5% em 12 meses.
Segundo o banco, o crescimento das operações de habitação, saneamento e infraestrutura e consignado responderam por 94,6% da evolução da carteira de crédito da Caixa, o que reforça seu perfil de baixo risco.
As captações totais da Caixa alcançaram R$ 921,1 bilhões no primeiro trimestre de 2016, com crescimento de 8,2 % em 12 meses, e em volume suficiente para cobrir 134,6% da carteira de crédito. A evolução no saldo foi influenciada, principalmente, pelos acréscimos de 18,3% no CDB, 14,8% nas letras de crédito imobiliárias, 10,9% nas emissões internacionais e 14,9% em empréstimos e repasses.
Os depósitos tiveram crescimento de R$ 29,9 bilhões em 12 meses, totalizando R$ 450,3 bilhões em março de 2016. A poupança, com saldo de R$ 238,4 bilhões, continua como a fonte de recursos mais importante da Caixa.