Influenciado pelo indicador que mede as expectativas para os próximos seis meses, que cresceu de 43 para 46,4 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2015, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS) aumentou 2,6 pontos na passagem entre abril e maio, alcançando 42,1. É o maior valor em 16 meses, embora ainda continue abaixo de 50, o que indica pessimismo.
"Confiança é fundamental na indústria para a retomada do investimento e do crescimento. É cedo, porém, para concluir que o comportamento do Icei/RS de maio se trata de uma tendência. Será se os empresários perceberem que o novo governo está disposto a realizar as reformas e os ajustes econômicos necessários para o equilíbrio das finanças públicas e melhora da competitividade", disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, ao analisar os resultados do levantamento, divulgados nesta quinta-feira.
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Mesmo que continuem negativas, as avaliações dos industriais gaúchos sobre as condições atuais, bem como as expectativas para o futuro da economia brasileira, apresentaram significativa evolução em maio. O índice que pesquisa as condições atuais cresceu de 32,8 pontos em abril para 33,2 em maio. Da mesma forma, o componente que avalia a economia brasileira subiu de 21,3 em abril para 26,3 pontos em maio, o maior acréscimo (cinco pontos) desde outubro de 2012 e o valor mais alto desde janeiro de 2015.
As condições das empresas, todavia, se deterioram cada vez mais. O índice caiu de 38,7 para 36,8 pontos no período. Já as expectativas para os próximos seis meses aumentaram de 43 para 46,4 pontos entre abril e maio, o maior patamar desde fevereiro de 2015, mas o resultado segue a expressar pessimismo. O índice associado à economia brasileira apresentou o maior acréscimo desde abril de 2007, 9,1 pontos, e o nível mais alto desde junho de 2014: 39,9 pontos. As expectativas para as empresas, também melhoraram, 49 para 49,7 pontos, ficando bem próximo da neutralidade.
O índice é elaborado mensalmente. São consultadas empresas do Rio Grande do Sul. É baseado em quatro questões: duas referentes às condições atuais e duas referentes às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia brasileira e à própria empresa.