Instituições financeiras reduziram, pela quinta semana seguida, a projeção para a inflação em 2016, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, a previsão para a taxa passou de 7,28% para 7,14%, segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira.
Para 2017, a estimativa para a inflação também caiu: de 6% para 5,95%, voltando a ficar abaixo do teto da meta. O limite superior da meta é 6,5% neste ano e 6% em 2017. No entanto, as projeções para este ano e 2017 ultrapassam o centro da meta, que é de 4,5%.
O relatório Focus também apresenta estimativas para outros indicadores econômicos de importância, entre eles o Produto Interno Bruto (PIB). A projeção das instituições para a queda da economia neste ano foi alterada pela décima segunda vez consecutiva, ao passar de 3,73% para 3,77%. Para 2017, a expectativa de crescimento do PIB foi mantida em 0,30%.
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Além disso, em um cenário de retração da economia, o mercado espera que o Banco Central (BC) reduza a taxa básica de juros, a Selic, neste ano. A expectativa para a taxa ao final de 2016 segue em 13,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Para o fim de 2017, a previsão é de que ela chegue a 12,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Banco Central barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,41% para 7,40% neste ano. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,67% para 7,47% em 2016. A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi ajustada de 7% para 7,27% em 2016.
A projeção para os preços administrados foi alterada de 7,40% para 7,20% neste ano e de 5,50% para 5,70% em 2017. A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 4 no fim de 2016 e em R$ 4,10 ao final do próximo ano.