Analistas e investidores do mercado esperam menos inflação e queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, conforme o Banco Central (BC). As projeções integram a última edição do relatório semanal Focus, divulgada na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o documento, o mercado baixou pela segunda semana seguida a estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano. A nova perspectiva é de 7,43%, ante os 7,46% previstos anteriormente.
Para 2017, a estimativa segue em 6%. O cálculo inflacionário permanece distante do centro da meta de 4,5% e, neste ano, supera o teto de 6,5%. Em 2017, o limite superior da meta é 6%.
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Conforme o Relatório Focus, projeção de instituições financeiras para a queda da economia neste ano piorou mais uma vez e passou de 3,54% para 3,6%. Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi reduzida para 0,44%. Para a produção industrial, a expectativa é de queda de 4,50% em 2016.
Selic e setor externo
A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 14,25% ao ano em 2016 e, para 2017, em 12,50% ao ano. Os preços administrados, regulados pelo governo, como a gasolina e o gás de cozinha, tiveram suas estimativas reduzidas de 7,4 % para 7,2%.
Já em relação ao dólar, a taxa de câmbio esperada em dezembro chegou a R$ 4,20. Além disso, as perspectivas para o déficit em conta corrente, um dos principais indicadores das transações do Brasil com outros países, melhoraram e passaram de US$ 24,1 bilhões para US$ 21,21 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 42,4 bilhões. Não houve alteração na projeção para os investimentos estrangeiros diretos, mantidos em US$ 55 bilhões.