A fila de desempregados continuou aumentando entre o final do ano passado e o início de 2016. Conforme números divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação subiu para 9,5% no trimestre encerrado em janeiro. Com o resultado, o índice renovou o maior patamar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), que começou em 2012.
No mesmo período do ano anterior, a taxa havia batido 6,8%. Já no trimestre encerrado em outubro de 2015, estava em 9%.
Número de desempregados chegou a 9,6 milhões
O resultado do último levantamento indica que o país registrou o número recorde de desempregados medido pela pesquisa: 9,623 milhões.
A estimativa de pessoas desocupadas subiu 42,3% no confronto com igual trimestre do ano passado. A taxa equivale a mais 2,860 milhões de pessoas na fila do desemprego.
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Já a população ocupada no país se reduziu em 1,1% no trimestre até janeiro na comparação com o mesmo período de 2015, somando 91,650 milhões de pessoas. Na prática, 1 milhão de pessoas a menos passaram a estar nessa estatística.
O emprego formal também recuou no período, quando 1,3 milhão de pessoas no país deixaram de ter carteira de trabalho assinada. A retração foi de 3,6% na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Em relação ao trimestre encerrado em outubro do ano passado, o indicador se manteve estável.
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Renda
De acordo com o IBGE, a renda média real do trabalhador foi de R$ 1.939 no trimestre até janeiro passado. O resultado representa queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, segundo o estudo, a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 172,8 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 3,1% ante igual período de 2015.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), encerrada na quarta-feira, que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.