A projeção de instituições financeiras para a inflação neste ano continua a subir. No quinto ajuste seguido, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 7,23% para 7,26%. Para 2017, a previsão sobe por três semanas consecutivas – desta vez, passou de 5,65% para 5,80%. As avaliações fazem parte do Relatório Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC).
As estimativas de inflação estão distantes do centro da meta, de 4,5%, e neste ano superam o teto, de 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.
Selic
Depois da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, os analistas não esperam mais aumento dos juros básicos em 2016. A mediana das expectativas (que desconsidera os extremos nas projeções) para o final do ano caiu de 14,64% para 14,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de que a Selic seja reduzida e encerre o ano em 12,75% ao ano.
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A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
PIB, produção industrial e dólar
As instituições financeiras também projetam retração da economia em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi levemente ajustada de 3% para 3,01%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 0,7%. A estimativa anterior de expansão era 0,8%.
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Conforme o levantamento do Banco Central, a produção industrial deve apresentar retração de 3,8% neste ano, contra 3,57% previstos na semana passada. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi ajustada em 1,5%.
A estimativa para a cotação do dólar subiu de R$ 4,30 para R$ 4,35, ao final de 2016, e foi mantida em R$ 4,40, ao fim de 2017.