Economia

Reação do mercado

Puxada por estatais, Bovespa dispara após avanço de impeachment

Empresas do varejo, que dependem da economia interna, também registram alta alta

Erik Farina

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu com forte alta em sua rodada de negócios nesta quinta-feira após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

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A bolsa subia 3,87% às 11h15min, puxada principalmente pelas empresas controladas pelo governo federal. As ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras disparavam 7,18%, enquanto Banco do Brasil subia 6,8% e Eletrobras, 5,2%.

- É uma clara leitura do mercado de que qualquer mudança na presidência vai ser melhor para a economia - analisa o sócio da Fundamenta Investimentos, Valter Bianchi Filho.

Empresas do varejo, que dependem da economia interna, também tinham alta, como Hering (vestuário), Raiadrogasil (farmácias) e BRF (alimentos). Os investidores procuravam nesta manhã ações dos bancos privados: Itau e Bradesco subiram cerca de 5%. Conforme analistas de mercado, uma eventual mudança no governo mudaria a pesrpectiva de um avanço nos calotes ao setor financeiro - um temor que tem achatado o valor das ações dos bancos.

Por outro lado, companhias exportadoras (que se beneficiam de dólar mais caro), como Vale, e companhias de Papel e Celulose, tinham queda de quase 1%.

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