Um dia depois de a agência de classificação de risco Moody's anunciar que pode rebaixar a nota da dívida pública brasileira, a moeda norte-americana teve forte alta nesta quinta-feira e terminou o dia valendo R$ 3,801, com alta de 1,7% frente ao real.
Durante todo o dia, a cotação operou em alta. No entanto, o ritmo de alta se intensificou a partir das 15h. A divisa acumula queda de 2,21% em dezembro. Em 2015, a moeda subiu 42,9%.
Nas bolsas de valores, o dia foi marcado pela queda. O índice Ibovespa, da Bolsa de São Paulo, caiu 1,04% e encerrou em 45.630,71 pontos. As ações ordinárias da Petrobras caíram 2,75%, e as preferenciais recuaram 2,61%.
No fim da tarde de quarta-feira, a Moody's revisou para negativa a perspectiva da nota da dívida brasileira. A decisão abre caminho para que o Brasil seja rebaixado e perca o grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública.
Em setembro, a Standard & Poor's retirou o país dessa categoria. Caso uma segunda agência de classificação de risco faça o mesmo, os fundos de investimento estrangeiros não poderão mais aplicar no Brasil, ocasionando fuga de capitais do país.
Em comunicado, a Moody's citou a incerteza política brasileira criada após a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff como fator que pode impedir a aprovação do Orçamento de 2016 e de medidas de aumento de impostos essenciais para aumentar as receitas. Além disso, a agência destacou que dificilmente a economia brasileira conseguirá se recuperar no próximo ano.
* Zero Hora