Há impaciência em Rio Grande com a demora no contrato para manter na cidade a montagem das plataformas P-75 e P-77. O sindicato local dos metalúrgicos organiza protesto no dia 23.
Presidente da entidade, Benito Gonçalves diz que cansou da promessa de que a confirmação será "amanhã" e teme que Rio Grande se torne "um grande buraco" cheio de desempregados - alusão ao dique seco, pesado investimento no município. Gonçalves teme que, mesmo confirmado, o trabalho em Rio Grande seja inferior ao previsto. E que mais cascos a cargo da Ecovix tomem o rumo da China.
- Vamos arrumar passaportes para todos e nos mudar para lá.
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No grupo de representantes da indústria naval que esteve terça-feira com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, Marcus Coester, coordenador do comitê de óleo e gás da Fiergs, admite que o quadro é de cortes. Os investimentos da Petrobras neste ano, que haviam encolhido para US$ 25 bilhões, devem cair ainda mais, para uma faixa entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões.
- O cenário está embaralhado, e o fracasso da 13ª Rodada de Licitações evidenciou isso - avalia.
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Mas Coester diz não temer o desmantelamento dos estaleiros nacionais. Ao contrário, há uma mobilização para transformar a tecnologia brasileira em bônus para a avaliação de conteúdo local. Sem esse critério, o cenário seria de terra arrasada, pondera.
