Em uma entrevista nesta quarta-feira para uma rádio de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff afirmou que usar a crise financeira do país pata chegar ao poder é uma "versão moderna de golpe". As informações são do G1.
- Todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe - afirmou a presidente.
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Segundo ela, no Brasil há pessoas que não se "conformam" com o fato de o país ser uma "democracia sólida", legitimada pelo "voto popular".
- Eu acredito que tenham ainda no Brasil infelizmente pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular. Essas pessoas geralmente torcem pro quanto pior, melhor. E aí é em todas as áreas. Quanto pior, melhor, na área da economia. Quanto pior, melhor na área da política. Todas elas esperando uma oportunidade para pescar em águas turvas - completou Dilma.
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A presidente também comentou o rebaixamento da nota de crédito do país pela agência Standard & Poor's:
- Muitos países nesta década passaram por situações difíceis e tiveram suas notas de risco rebaixadas. Isso aconteceu tanto com os Estados Unidos, em 2011, como também com a França, com a Itália e com a Espanha, em 2012. E agora aconteceu conosco. Todos os países foram muito maiores do que as suas notas. O Brasil é muito maior do que a sua nota também. Todos voltaram a crescer e assim vai ser com o Brasil também.
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Dilma também ressaltou que o governo vem adotando medidas com objetivo de retomar o crescimento e que não há problema de crédito internacional ou de investimento.
- Estamos honrando nossos compromissos e contratos. Não temos problemas de crédito internacional nem tão pouco problema para atrair investimento para o Brasil. Aliás, somos um dos países em que mais há entrada de capital pra isso. Nós também estamos tomando dois tipos de medida: uma é de controle da inflação e de equilíbrio fiscal do nosso orçamento federal e as outras são de estímulo ao crescimento, como o programa de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos - relatou.
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A presidente ainda mostrou otimismo diante da crise, dizendo que o Brasil é uma economia "grande e diversificada" e vai "atravessar o período".
- Nós somos a sétima economia do mundo e por isso vamos atravessar esse período de crise que muitos países passaram, que nós inclusive procuramos de todos os meios evitar, não foi possível. E vamos fazer todas essas medidas, tanto as de reequilíbrio ou ajuste fiscal e as de estímulo ao investimento, à agricultura para voltar a crescer e gerar emprego - concluiu.
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