No dia seguinte ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência com ministros no Palácio do Planalto. A presidente alterou a agenda, que previa um encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e convocou uma reunião de coordenação política.
Além de Mercadante, o encontro reúne o vice-presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; das Cidades, Gilberto Kassab; da Justiça, José Eduardo Cardozo; das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e no Senado, José Pimentel (PT-CE).
A agência reduziu a nota de crédito do Brasil de BBB- (que representa grau de investimento médio) para BB+ (categoria de especulação). Após o anúncio do rebaixamento, Levy afirmou em nota que "o governo brasileiro reafirma seu compromisso com a consolidação fiscal".
No texto, o ministro argumentou que o projeto de lei orçamentária para 2016 - enviado ao Congresso com previsão de déficit primário de R$ 30,5 bilhões e que foi apontado pela S&P como um dos motivos para o rebaixamento - "incorpora importante disciplina nas despesas discricionárias e esforços de gestão para reduzir as despesas obrigatórias".
Já o ministro Nelson Barbosa disse que a perda do grau de investimento do Brasil não muda a trajetória de recuperação da economia brasileira.