A economia brasileira deverá manter-se em recessão durante este ano, mas vai "recuperar lentamente" em 2016 por meio do aumento das exportações. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgada nesta quarta-feira.
Mercado eleva projeção da inflação, retração do PIB e juros em 2015
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Marta Sfredo: uma decisão para o futuro
- A economia deverá retrair-se este ano, mas uma lenta recuperação deve acontecer gradualmente a partir do final deste ano, alimentada inicialmente pelo fortalecimento das exportações, que serão alicerçadas pela desvalorização do real - analisam os especialistas da OCDE.
O capítulo dedicado ao Brasil mostra que a OCDE prevê uma recessão de 0,8% este ano e um crescimento de 1,1% em 2016, ligeiramente mais otimista que as avaliações do Fundo Monetário Internacional, que trabalha com uma retração de 1% em 2015.
- O desempenho (da economia) deteriorou-se e a inflação subiu significativamente, por isso reconstruir a confiança em políticas macroeconômicas continua a ser a prioridade - escrevem os analistas.
A OCDE ressalta que há um conjunto de medidas positivas tomadas nos últimos tempos pelo governo brasileiro.
- Os recentes compromissos do governo relativamente ao ajuste do orçamento criam as bases para um fortalecimento do crescimento. Os ajustes nos benefícios sociais, a redução do apoio aos bancos públicos e aos preços da eletricidade são uma correção às distorções do passado e são importantes iniciativas do lado da oferta.
O estudo acrescenta que "o lançamento de uma nova rodada de concessões, especialmente nos transportes, é essencial para lidar com os gargalos ao desenvolvimento e promover um crescimento mais amplo". A OCDE elogiou, também, "o reinício das negociações comerciais com a União Europeia e o início de um acordo de livre comércio abrangente com o México".
*Agência Brasil