Considerando as expectativas que havia entre pessoas que acompanham mais de perto as negociações entre QGI e Petrobras sobre a montagem em Rio Grande das plataformas P-75 e P-77, a situação se complicou depois do anúncio do plano de negócios 2015-2019 da estatal no início da noite de ontem.
O início da produção nos dois destinos dessas estruturas, as áreas de Búzios 2 e Búzios 4, foi adiado para 2019. Na visão de pessoas próximas ao processo que envolve Rio Grande, caso a data fosse 2017 haveria boa perspectiva para manter a obra das plataformas no Estado.
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Se o adiamento fosse grande, poderia ser lido como prazo suficiente para fazer uma nova licitação, internacional. Foi grande. Se havia dúvidas, ao responder de onde viriam os equipamentos de que a Petrobras precisa, o presidente Aldemir Bendine afirmou crer que há capacidade para produzir no Brasil, ressalvando:
- Caso não tenha, vamos buscar no mercado externo.
Analistas avaliam que faltaram respostas, entre as quais compromisso mais firme de que não haverá capitalização (injeção de recursos da União seria o fim do ajuste) e com a política de preços. O plano menciona "paridade" (de preços no país e lá fora), mas não define os critérios.