O líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), prevê que os debates nesta semana em torno da votação da Medida Provisória (MP) 664 - que torna mais rígida as normas para o pagamento da pensão por morte - serão tão exaustivos quanto na aprovação da MP 665, que mudou as regras de concessão do seguro-desemprego e do abono salarial. Em princípio, disse o líder, o PMDB tende a votar com o governo, mas a posição final dos peemedebistas deve ser tomada na terça-feira, em reunião da bancada.
Os peemedebistas aguardam uma definição do Palácio do Planalto sobre as indicações dos cargos do segundo e do terceiro escalões do governo. Picciani não esconde que a espera pode irritar parte da bancada, já que "de concreto não ocorreu nada" ainda.
- Não estamos cobrando neste momento, mas isso tem de ter um desfecho - declarou.
Comissão aprova MP com regras mais brandas à pensão por morte
Além da MP 664, a pauta da Câmara inclui mais duas medidas: a MP 663 - que aumenta em R$ 50 bilhões o limite de recursos relativo à subvenção econômica repassada pela União ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) - e a MP 668, que eleva as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.
Obstrução
A oposição promete fazer o uso de todo o "kit obstrução" possível já na votação da MP 663, que teoricamente antecederia a votação da MP que faz parte do pacote de ajuste fiscal.
- Não vamos avalizar nada do governo, essa é a minha defesa. Vamos dificultar a vida do governo. O Planalto tem de assumir suas contradições - afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
Joaquim Levy diz que é preciso votar MPs do ajuste fiscal com rapidez
Na semana passada, oito dos 22 parlamentares do DEM votaram a favor da MP 665. Mendonça disse que desta vez vai atuar para buscar a unidade da bancada.
- Vou trabalhar para ter todos os votos contra a 664 - declarou.