A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015, 1% a menos que no mesmo período do ano passado. O resultado, apresentado na noite desta sexta-feira, em coletiva na sede da companhia, no Rio de Janeiro, reflete o aumento da despesa financeira líquida da companhia, principalmente em função da maior depreciação do real em relação ao dólar.
Já o lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado. A alta expressiva se deu por causa do crescimento da produção de petróleo e gás, das maiores margens na comercialização de derivados e dos menores gastos com participação governamental e importações. O endividamento líquido da companhia aumentou 18% em relação a dezembro de 2014, dado afetado pelo impacto da depreciação cambial sobre financiamentos.
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Na apresentação, realizada no começo da noite pela diretoria da estatal, também se destacou que a produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 11% em relação ao 1º trimestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em abril, foi atingido recorde na produção mensal de petróleo no pré-sal, de 715 mil barris por dia.
Além disso, os investimentos da companhia totalizaram R$ 17,8 bilhões, o que reflete uma redução de 13% em relação ao mesmo período de 2014. A maior parte dos investimentos, 79%, foi relativa ao segmento de exploração e produção no Brasil.
Ivan de Souza Monteiro, diretor financeiro da Petrobras, se disse "muito satisfeito com os resultados alcançados, mas ciente dos desafios que estão por vir". Quando questionado se os números divulgados bastariam para recuperar a confiança a respeito da estatal, Ivan afirmou:
- Isso tudo é um processo, temos que trabalhar com afinco para conseguir os melhores resultados.
A diretoria ainda destacou que está colaborando com as investigações da Lava-Jato, inclusive, pois há o interesse em recuperar os prejuízos sofridos.
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