No ano passado, o trem da economia gaúcha travou. O resultado do PIB do Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela FEE, cravou em zero e comprova a sensação disseminada já nos últimos meses do ano passado, de estagnação.
Ao examinar o desempenho vagão por vagão, em termos trimestrais, é possível ver que a composição engatou marcha a ré desde abril passado. No último trimestre de 2014, o Rio Grande do Sul alinhou a terceira queda consecutiva, sempre comparando o período ao mesmo do ano anterior.
Embora o Estado mantenha a dependência do comportamento da colheita de grãos, vive um momento de inflexão. Prepara a colheita da terceira safra cheia em meio a números que não guardam relação com o bom resultado no campo. Não é uma sequência muito usual na história recente do Estado.
Sem a contribuição da agricultura, o resultado poderia ter sido pior. E mesmo com problemas isolados, há muito boas expectativas em relação à produtividade nas lavouras de soja, que embutem a esperança de levar o resultado do primeiro trimestre deste ano para o positivo. Mas também renova o alerta para o Estado não confiar excessivamente em São Pedro.
Não é tarde para resgatar o ímpeto de criação de opções que marcaram o pioneirismo do Rio Grande do Sul em iniciativas de tecnologia. Não faltam parceiros e mercado, apesar das dificuldades.