O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima crescimento de 0,9% para a América Latina e Caribe, mas retração de 1% na economia brasileira em 2015. Para 2016, a projeção para o país é mais otimista. Ela deve ficar em 1%, metade da expectativa dos países da região, que será de 2% .
A previsão para o crescimento global não sofreu alterações e está fixada em 3,5% para 2015 e 3,8% para 2016. Os números sobre perspectivas para economia mundial foram divulgados nesta terça-feira, em Washington, local onde, nos próximos dias, ocorrerá o Encontro de Primavera, evento organizado pelo FMI e Banco Mundial.
Pelo relatório, as perspectivas para o crescimento global são desiguais entre as principais economias. Nas mais avançadas, o crescimento deverá ser mais forte em 2015 que em 2014, enquanto em mercados emergentes e em desenvolvimento o crescimento esperado é mais fraco.
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No caso da América Latina, o problema continua a ser os preços mais baixos de matérias-primas. De acordo como o relatório do FMI, as perspectivas para o Brasil foram afetadas, entre outras coisas, pela "seca e pelas políticas macroeconômicas mais restritivas".
Segundo o relatório, além do Brasil, outro integrante do Brics que terá retração é a Rússia, com 3,8%. O país tem sofrido com embargos econômicos, como consequência das intervenções na Ucrânia e pela queda no preço internacional do barril do petróleo. Os técnicos do Fundo estimam crescimento de 7,5% para Índia e de 6,8% para a China. Este ano, o crescimento previsto para a África do Sul é de 2%.
O encontro do FMI e Banco Mundial será realizado entre os dias 17 e 19. O ministro das Fazenda, Joaquim Levy, que também participará do evento, antecipou o embarque para os Estados Unidos, mas a assessoria dele não informou os motivos da alteração na agenda.
O ministro aproveitará a viagem para defender o ajuste fiscal brasileiro e tentar atrair investidores estrangeiros para os projetos de concessões da área de infraestrutura.
*Agência Brasil