Otimismo e alívio marcaram o último pregão da semana para o mercado financeiro. O dólar, que na quinta-feira havia fechado abaixo de R$ 3 pela primeira vez desde início de março, caiu 0,89% e encerrou cotado a R$ 2,955. Pelo lado da bolsa, o dia também foi positivo. Puxado pelas ações da Petrobras e da Vale, o Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 1,63%, para os 56.594 pontos.
Com a baixa desta sexta-feira, a moeda americana acumula queda de 7,4% em abril - mês marcado pela redução da tensão política que cerca Brasília. No ano, contudo, ainda há valorização de 11% ante o real. Já o Ibovespa, apenas nesta semana, subiu 4,9%. O índice fechou no melhor patamar desde meados de outubro do ano passado, quando o mercado financeiro era afetado pelo turbilhão especulatório provocado pelas eleições.
Ao contrário do pregão da última quinta-feira, marcado pela oscilação das ações da Petrobras na bolsa, nesta sexta, o índice não saiu do positivo. Além do bom desempenho da petrolífera, coube novamente à Vale puxar a alta do Ibovespa. Os papéis da mineradora subiram até 10%, acompanhando a alta dos preços do minério de ferro na China. O gigante asiático é o principal importador da matéria-prima e o maior cliente da companhia brasileira.
No caso da Petrobras, o mercado ainda repercute a divulgação, na última quarta-feira, do balanço auditado da estatal referente a 2014. Apesar de apontar prejuízo de mais de R$ 21,6 bilhões no ano passado - está incluído entre as perdas uma baixa de R$ 6,2 bilhões decorrentes dos desvios apurados pelas investigações da Operação Lava-Jato -, a publicação do documento trouxe alívio aos investidores, especialmente por apresentar o rombo causado pelo esquema de corrupção.
As ações preferenciais (PN) da estatal fecharam com alta de 2,63%, cotadas a R$ 13,26, enquanto os papéis ordinários (ON) subiram 4,55%, a R$ 14,70.