Um amplo projeto para substituição de equipamentos antigos de vinícolas e para aumentar a produtividade dos parreirais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná começa a ser colocado em prática a partir deste mês. A União publicou a portaria que cria oficialmente o comitê de implantação e gestão do Programa de Modernização da Vitivinicultura. O Modervitis, como é chamado, começou a ser discutido há três anos. Ele prevê financiamentos e assessoria técnica para melhorar a produção.
A partir deste mês, o governo indica quem serão os integrantes do comitê que irá apontar como o programa será conduzido. Para julho, está prevista a primeira reunião do grupo, que terá membros de quatro ministérios. Em agosto, serão realizados seminários para divulgação das ações.
O diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho, Carlos Paviani, explica que a ideia é fazer com que as vinícolas integrantes do projeto estabeleçam um grupo de associados ou de produtores de uvas que terão acesso a financiamentos e ferramentas para modernizar a produção.
"Esse grupo de produtores terá acesso a financiamento para modernizar um hectare de vinhedo, por exemplo. Em contrapartida, receberá a garantia que a vinícola ou cooperativa irá comprar sua produção pelos próximos dez anos", explica.
Paviani destaca que esse é um projeto que trará resultados a médio e longo prazo. A primeira etapa tem previsão de quatro anos de duração. O dirigente do Ibravin entende que o Modervitis é fundamental para a sustentabilidade do setor, já que a fabricação de vinhos, sucos e espumantes passou por grande transformação nos últimos anos. Os três Estados do Sul foram escolhidos por terem a produção vinícola mais antiga do país.
Gaúcha
Governo cria comitê para apontar ações para modernização de vinhedos do Sul do país
Estão previstos financiamentos e assessoria técnica para vinícolas e produtores
Kelly Pelisser
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