Não apenas as pontes estão defasadas para o trânsito pesado de 800 caminhões por dia. O porto seco de Uruguaiana também precisa que as duas principais rodovias - a BR-390 e a BR-472 - sejam duplicadas.
Sem as ampliações, o Estado perderá competitividade perante a Argentina, o Uruguai e o Chile.
VÍDEO: Maior porto rodoviário do país, Uruguaiana precisa de estradas e pontes modernas
Quem alerta é o presidente da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), José Carlos Becker. Estabelecido em Uruguaiana, Becker destaca que estradas de pista única e acostamentos precários aumentam em 25% os custos do transporte por caminhão.
O cálculo é baseado em vários fatores. Incluem desde o desgaste dos pneus e as constantes trocas de marchas até o estresse do motorista e o valor do seguro, porque o risco de acidentes é maior. Para Becker, o mais urgente é duplicar a BR-290, entre Porto Alegre e Uruguaiana. Já a BR-472, entre Uruguaiana e São Borja, não tem pavimento adequado para receber bitrens. Sem manutenção contínua, fica esburacada.
- O Rio Grande do Sul está perdendo espaço - reclama o presidente da ABTI.
Um dos sintomas é a opção das empresas de transportes do centro do país, por enquanto moderada, pelo porto paranaense de Foz do Iguaçu. Para preservar os caminhões, os motoristas e as cargas cotadas em dólares, já começam a evitar as rodovias estreitas e as pontes esgotadas do Estado.