As vendas de notebooks, computadores de mesa (PCs), tablets e smartphones devem atingir 71 milhões de unidades no Brasil ao longo de 2014, crescimento de 23% em relação às 57,7 milhões de unidades negociadas em 2013. A estimativa é consultoria IDC, especializada em tecnologia.
- Será uma enxurrada de aparelhos. Mesmo os problemas de conectividade e com as operadoras (de telefonia e internet) não têm se mostrado um empecilho para a procura desses aparelhos pelos consumidores - observou Bruno Freitas, analista de dispositivos de tecnologia de consumo.
Segundo a consultoria, a venda de dispositivos deve ser puxada não só pelos consumidores comuns, mas também pela procura de empresas que têm estruturado o trabalho à distância de seus funcionários, os chamados "mobile workers" (trabalhadores móveis).
- São pessoas que atuam nas áreas de gerência, segurança e manutenção. Em todas essas categorias, há um potencial de crescimento muito grande - completou Alexandre Campos, diretor de pesquisa e consultoria da IDC.
Para 2014, a perspectiva é de um crescimento mais forte de tablets e smartphones do que de notebooks e PCs. No primeiro caso, os dispositivos ainda têm uma participação relativamente pequena no mercado, com muitos consumidores fazendo a primeira compra desses aparelhos. Já os notebooks e os PCs são dispositivos difundidos.
- Entram em rota de crescimento mais moderado ou até mesmo queda, mas não acreditamos em um fim desse mercado. As vendas devem ser voltadas principalmente para reposição de equipamentos - disse Freitas.
No segmento de telefonia, os smartphones devem ganhar participação no total de vendas de celulares. Em 2013, os smartphones representaram cerca de 51% das vendas de celulares no país, enquanto em 2014, essa fatia deve saltar para cerca de 73%. Segundo a IDC, o avanço se deve ao aumento na oferta de aparelhos com preços abaixo de R$ 500, além de pacotes de dados com preços variados por parte das operadoras.