Com as novas tecnologias, aprender de maneiras diferentes para que a aula se torne uma coisa divertida é fundamental. Um dos papos que rolou na Campus Party nesta quarta-feira, em São Paulo, foi sobre o Kajoo Teacher, uma plataforma robótica que, através do sistema operacional Android, realiza interações com humanos e, ainda por cima, ensina inglês.
A história do Kajoo foi contada pelo desenvolvedor Eduardo Balieiro, um dos responsáveis pelo projeto. Eduardo explicou que tudo começou com uma start up que apenas pretendia fazer do smartphone um meio que pudesse oferecer ao usuário uma funcionalidade maior que um computador.
Depois de alguns testes, eles tiveram a chance de usar o protótipo do smartphone unido a um robô, com um pescoço e uma cabeça. A ideia era dar ao robô interações humanas, como visão e movimentos, para que desse a impressão de que ele estava vivo, e que não fosse apenas uma máquina. Neste momento, apenas uma coisa faltava para o projeto dar certo: a fala.
Foi testando o reconhecimento de voz em inglês do smartphone, que eles viram que o modo oferecido no Android era impecável, mas quando usado na língua portuguesa, não funcionava. Como aproveitar um robô que reagia quando ouvia em inglês se o projeto ia ser realizado apenas no Brasil? Para que serviria?
Aí que apareceu a informação de "de ouro": o Brasil está entre os dez piores países no domínio do inglês do mundo. Só que, nos próximos anos, é o nosso País que sediará dois dos maiores eventos esportivos mundiais - a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.
Juntando tudo isso ao fato de que a mão de obra ainda não é qualificada o bastante para se comunicar com os turistas que virão para cá, veio a ideia do Kajoo Teacher, um app professor de inglês, que fugiria do mercado padrão das escolas de ensino da língua estrangeira.
O projeto sintetiza a voz usando a língua nativa americana, britânica, australiana e sul africana, ou seja: o usuário pode escolher o sotaque que desejar. Além disso, o controle da velocidade da fala pode ser ajustado de acordo com o nível de aprendizagem do aluno.
A princípio, o Kajoo está sendo oferecido apenas em modo de testes e segue em busca de apoio educacional, mas deve passar a surgir em laboratórios de escolas e em cursos de línguas.
A ideia é difundir o projeto e melhorar a metodologia do ensino do inglês entre os jovens.
Mas, e por que o nome Kajoo?
- Caju é uma fruta brasileira, do nordeste, e eu sou patriotra e por isso queria algo que fosse ligado ao nosso País. E, também, ter um nome de fruta talvez nos dê sorte, afinal de contas, tem uma maçã aí que acabou fazendo bastante sucesso - brinca Eduardo.