O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que anúncio do resultado do superávit primário (economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública) foi feito antecipadamente para reduzir a ansiedade do mercado financeiro. Segundo Mantega, havia analistas que acreditavam que a meta de superávit não seria cumprida em 2013, e não seria bom manter a expectativa até o final de janeiro.
- Vai acalmar os nervosinhos - brincou. Ele disse que os números consolidados, incluindo as contas de estados e municípios, serão divulgados no final do mês.
Nesta sexta, o ministro informou que o superávit primário do governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) ficou em R$ 75 bilhões em 2013, acima da meta ajustada de R$ 73 bilhões. Geralmente, o Tesouro Nacional divulga os resultados mensais e acumulados do ano ao final de cada mês.
O ministro não quis adiantar se o governo mudará a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e aumentar a meta de superávit primário deste ano. Segundo ele, no início de fevereiro, será divulgado como será a execução do orçamento.
- Não vou definir parâmetros para 2014 - disse.
Em 2014, a meta cheia do superávit primário do setor público é R$ 167,4 bilhões ou 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas foi estimado o abatimento de investimentos e desonerações do governo central em R$ 58 bilhões. Com isso, o resultado primário pode ficar em R$ 109,4 bilhões ou 2,1% do PIB. Da meta de 2,1% do PIB, 1,1% tem que ser atingido pelo governo central e o restante por estados e municípios.