A empresa Óleo e Gás Participações S.A (ex-OGX, do empresário Eike Batista) fechou um acordo com os detentores dos bônus de sua dívida, que totaliza aproximadamente US$ 3,8 bilhões. O objetivo do pacto é definir as bases para a reestruturação da companhia, que em outubro entrou com pedido de recuperação judicial.
Em fato relevante divulgado ontem à noite ao mercado, a companhia informou que os credores terão direito de participar de um financiamento extraconcursal no montante de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões. O dinheiro será usado para custeio das operações da companhia e de suas necessidades de fluxo de caixa.
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O financiamento será conversível em ações que, desde que implementadas integralmente todas as etapas do Plano de Recuperação Judicial, representarão 65% do total de ações da companhia reestruturada. Além disso, o plano estabelece que a petroleira deverá obter financiamentos de curto prazo no valor mínimo de US$ 10 milhões até o máximo de US$ 50 milhões.
Caso a operação seja implementada na sua integralidade, os créditos concursais do Grupo OGX (que envolvem a OGX Petróleo e Gás Participações, OGX Áustria GmbH e OGX International GmbH) e os créditos da OSX, no valor total agregado aproximado de US$ 5,8 bilhões, serão convertidos em ações.
Após a conversão, os credores serão titulares de ações representativas de 25% do capital social total da companhia reestruturada. Os atuais acionistas, após a diluição decorrente da conversão dos créditos em capital remanescerão titulares de ações representativas de 10% do capital.
Os atuais acionistas ainda receberão bônus de subscrição com as seguintes principais condições: prazo de exercício de 5 anos; e um número de ações ordinárias a serem subscritas que representem, no total agregado, 15% do capital social total da companhia reestruturada, considerando-se um preço de emissão baseado no valor de avaliação da companhias reestruturada de US$ 1,5 bilhão.