Mais de dois meses depois da Apple anunciar seus dois novos smartphones, finalmente o iPhone 5s, novo top de linha da empresa, e a versão popular 5c estão à venda no Brasil, desde a 0h desta sexta-feira. Com características e preços distintos, os dois modelos se juntarão a outros 30 homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para funcionar com tecnologia 4G, quarta geração da telefonia móvel que permite uma conexão mais rápida à internet.
Apesar da oferta de aparelhos, a tecnologia ainda está disponível para uma faixa restrita de consumidores. Com um cronograma de implantação acelerado pela Copa do Mundo, as quatro empresas que operam no Estado - Claro, Oi, Tim e Vivo - têm até dezembro para oferecer 4G em Porto Alegre. Apenas Claro e Vivo já têm o serviço, mas ainda não em todos os bairros da cidade.
A Claro afirma que a tecnologia está funcionando em 80% da parte urbana da Capital, e a Vivo, em 70% da cidade. A área de cobertura não avançou desde a implantação de ambas. Oi e Tim garantem que até o fim do ano terão o 4G na Capital.
Por operar em uma frequência distinta do 3G, a tecnologia 4G exige novos equipamentos e torres, o que adiará a expansão para outros municípios. Os prazos se estendem até o fim de 2017.
Na comparação com Estados Unidos e países europeus, a implantação do serviço no país ainda é lenta. Segundo o professor da área de redes e comunicação de dados do Instituto de Informática da UFRGS Juergen Rochol, na frequência do 4G a emissão do sinal perde qualidade mais rapidamente. Por exemplo, enquanto para o 3G as operadoras podem instalar equipamentos a uma distância de até três quilômetros um do outro, no 4G é preciso reduzir o espaço para no máximo um quilômetro. Na avaliação do professor, não fosse a imposição da Anatel por conta da Copa do Mundo, as operadoras não estariam investindo na tecnologia.
Aparelhos devem ficar mais baratos a partir de 2014
Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, destaca que o fato de o 4G ser um serviço novo em todo o mundo ainda restringe a produção de aparelhos, elevando os preços. Atualmente, a tecnologia está restrita aos smart-phones mais sofisticados.
- Essa é uma curva normal de toda nova tecnologia. Aos poucos, a partir do próximo ano, os aparelhos devem começar a ter preços mais atrativos - avalia.
Por enquanto, o consultor avalia que só vale a pena investir em um aparelho compatível com o 4G quando se tem um grande transmissão de dados e a certeza de que o serviço está disponível na região em que o consumidor mais circula, o que é possível saber consultando a operadora.