O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu nesta quarta-feira (27), pela sexta vez seguida, a taxa básica de juros da economia brasileira, que passou de 9,5% para 10% ao ano - uma alta de 0,5 ponto percentual. Com a decisão, a taxa retornou ao patamar de dois dígitos, algo que não acontecia há 20 meses - desde março de 2012.
Entidades empresariais já se manifestaram contra a elevação da taxa básica de juros. A Confederação Nacional da Industria (CNI) afirmou que o novo índice "é negativo, pois esse novo patamar inibirá a expansão dos investimentos privados". Já a Federação das Industrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), entende que o aumento dos juros penaliza a recuperação da economia brasileira e afeta as perspectivas para o próximo ano. Mas a entidade entende que não se pode descuidar da estabilidade. “Nesse caso, a política fiscal precisa dar a sua contribuição através do controle dos gastos públicos. Isso é especialmente importante em um ano marcado por eleições e por eventos públicos, como a Copa do Mundo de 2014”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor Muller.