Por volta das 10h desta terça-feira, um grupo de manifestantes reunidos em frente ao terminal Mercado do trensurb, em Porto Alegre, fechou a Avenida Júlio de Castilhos por cerca de 15 minutos, formando uma fila de carros. Em seguida, o trânsito foi liberado.
Cerca de 200 pessoas estiveram reunidas por cerca de duas horas na região central de Porto Alegre para protestar pelo fim do fator previdenciário (fórmula que leva em consideração o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida no momento da aposentadoria). As manifestações ocorrem simultaneamente em todas as capitais do país.
Em protesto pacífico, representantes das centrais sindicais - como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Força Sindical - empunharam bandeiras e entregam panfletos à população em frente ao terminal Mercado Público do trensurb, em Porto Alegre.
O objetivo do bandeiraço é pressionar o governo federal a aprovar projeto que segue tramitando na Câmara dos Deputados. Após um encontro com sindicalistas em 21 de agosto, o Palácio do Planalto prometeu uma proposta no prazo de 60 dias - que nunca chegou.
Do Mercado Público, os manifestantes partiram rumo ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro da cidade, onde entregaram ao gerente executivo do INSS no Estado, Haidson Pedro Brizola da Silva, uma carta contendo as suas reivindicações.
No próximo dia 26, representantes de centrais sindicais de todos os Estados devem fazer outra manifestação em Brasília.
O que é o fator previdenciário
- Criado em 1999, tem uma fórmula que leva em consideração o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida no momento da aposentadoria (conforme tabela do IBGE que muda todo ano).
- Na prática, reduz o benefício de quem se aposenta cedo. E o índice puxa cada vez mais para baixo o benefício a cada ano devido ao aumento da sobrevida dos brasileiros.