No segundo dia da greve nacional dos petroleiros, funcionários da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) realizaram novo protesto na manhã desta sexta-feira, dia 18, em Canoas. Cerca de 100 pessoas se concentraram na entrada da empresa, na Avenida Getúlio Vargas, no período da troca de turno (às 8h) para impedir a entrada dos trabalhadores. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro), a paralisação no Rio Grande do Sul ocorre na Refap e em outros três terminais de recebimento e distribuição de petróleo e derivados situados em Canoas, Osório e Rio Grande.
A categoria pede um reajuste nos vencimentos com ganho real de no mínimo 5%, o arquivamento no Congresso Nacional do Projeto de Lei 4330, que trata da terceirização do trabalho, e o cancelamento do leilão do pré-sal da área de Libra, marcado para segunda-feira, dia 21, no Rio de Janeiro. Até o momento, a empresa ofereceu reajuste de 7,68%, que representa ganho real de cerca de 1,5%.
Em nota, a Petrobras informou que tomará medidas para garantir as operações da refinaria, sem prejuízo ao abastecimento do mercado. A empresa acrescentou que está aberta para negociação.
Leilão da área de Libra
Marcado para a próxima segunda-feira, o leilão da área de Libra acirra os ânimos de quem defende a exploração do local somente pela Petrobras. Ontem, manifestantes começaram uma série de protestos no país, que devem se estender segunda-feira. A área é a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil e estima-se que tenha capacidade de produzir entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.
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Em greve
Funcionários da Refap realizam protesto pelo segundo dia em Canoas
Trabalhadores foram impedidos de entrar na empresa. Paralisação pede reajuste salarial e cancelamento do leilão de Libra
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