Maior instituição financeira do país, o Banco do Brasil anunciou, nesta terça-feira, lucro líquido de R$ 7,472 bilhões no segundo trimestre do ano, o que significa aumento de 148,4% em 12 meses. O resultado é influenciado pela venda das ações da BB Seguridade.
Segundo a consultoria Economatica, esse é o maior lucro da história dos bancos brasileiros para o primeiro semestre, passando na frente do registrado pelo Itaú Unibanco nos primeiros seis meses de 2013, de R$ 7,2 bilhões.
No lucro líquido ajustado, porém, que exclui a operação de venda de papeis da subsidiária, o banco registrou R$ 2,634 bilhões no segundo trimestre deste ano, recuo de 11,8% ante a cifra registrada no mesmo intervalo do ano passado, de R$ 2,986 bilhões.
A carteira de crédito ampliada do banco encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período, conforme relatório do banco que acompanha suas demonstrações financeiras, foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente. Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado.
Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco. Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.
Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito.
Projeções
O Banco do Brasil também divulgou nesta terça-feira alterações nas suas projeções (guidances) de desempenho em 2013. Ao contrário das instituições privadas, o BB elevou a projeção para o crescimento da sua carteira de crédito. O banco espera que os empréstimos totais, no conceito ampliado e que inclui títulos e avais, avancem no mínimo 17% e no máximo 21% em 2013. A previsão anterior era de um intervalo de crescimento de 16% a 20%. De janeiro a junho, o crescimento foi de 25,8%.
O impulso da carteira de crédito, conforme as novas projeções do BB para 2013, deve vir da pessoa jurídica e dos empréstimos destinados ao setor do agronegócio. A expectativa do banco é que o crédito para empresas avance entre 18% e 22% este ano e não mais de 16% a 20%. Já os empréstimos para pessoas físicas devem crescer menos, de 16% a 20% ante intervalo anterior de alta de 18% a 22%, por causa da menor demanda por parte dos clientes.
Para o agronegócio, o BB espera que o volume de empréstimos cresça no mínimo 22% e no máximo 26% em 2013, faixa de aumento bem acima do intervalo anterior, que ia de 13% a 17%.