A reconversão de jogos entre plataformas é cada vez mais constante. Ao passo que sucessos antigos ganham novas versões - para quem não deseja usar emuladores e quer uma boa dose de comodidade, outros títulos encontram o seu espaço natural e também ajudam a mostrar o potencial de um aparelho. Donkey Kong Returns 3D serve para isto, mostrar que o 3DS pode receber sem problemas o legado da Nintendo.
O jogo é praticamente o mesmo visto no Wii em 2010. Donkey Kong e seu amigo Diddy Kong precisam libertar os animais da ilha, hipnotizados pelos Tikis. Assim, a dupla de gorilas passa por diversos cenários com vários desafios.
A nova versão enfatiza as facilidades que a Nintendo cada vez mais coloca para os jogadores. Isto é observado na colocação de um modo com mais assistência e um coração a mais de vida, além dos continues. Oito fases novas foram colocadas, mantendo o bom design de níveis característico.
A transposição para o 3DS rende boas horas de diversão para quem quer desafios maiores na plataforma portátil, mesmo com a ênfase na facilidade disfarçada em continues. O mote seria interessante se os recursos novos para a aventura, a tela maior em três dimensões e a outra com toque, fossem bem aproveitadas.
Infelizmente, em boa parte do jogo foi necessário jogar em 2D em virtude de dificuldades com o posicionamento do personagem no cenário em conjunto com o fundo, levando a uma posição com os braços mais à frente para posicionar melhor a visão. O visor menor poderia usar a sensibilidade para pequenos jogos ou eventuais fases bônus, porém acaba ignorada.
Assim, um jogo que custa R$ 149,90 acaba caro demais pela simples conversão. A Nintendo perdeu uma boa oportunidade de ir além e combater outras formas de diversão portátil. A colocação fácil de um bônus como o jogo original seria interessante e compensaria o custo. Vale para quem quer usar o 3DS de uma forma longa ou não acompanhou a aventura anos atrás.