Após os navios da Petrobras retomarem o descarregamento de petróleo na monoboia de Tramandaí, a expectativa é que o abastecimento de gasolina no Rio Grande do Sul se normalize até terça-feira. A previsão é tanto da Agência Nacional do Petróleo (ANP) quanto do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado (Sulpetro).
Segundo o presidente do Sulpetro, Adão Oliveira, o desabastecimento permaneceu durante o fim de semana e alguns postos chegaram a fechar por falta de gasolina para vender. Ainda nesta segunda-feira será possível observar uma oferta maior, espera o dirigente.
Para o diretor executivo da Associação Gaúcha de Postos de Combustíveis Independentes (Redeox), Gilberto de Oliveira, o aumento do preço da gasolina percebido em alguns postos na Capital durante o fim de semana se deve aos custos maiores para trazer o combustível de outros Estados.
- Isso é normal. É um repasse dos custos de frete - explica Oliveira.
O coordenador do escritório da Região Sul da ANP, Edson Silva, diz que entre quarta-feira e sexta-feira deverá se reunir com representantes das distribuidoras para que justifiquem o aumento médio de 1,26% nos preços verificado na mais recente pesquisa da agência, divulgada na sexta-feira. Silva lembra que, como a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) tem contrato com as distribuidoras, é obrigada a cobrir os custos quando há necessidade de buscar combustível em outros Estados. Assim, não haveria razão para aumento.
- Mesmo que não tenha sido um aumento significativo, me surpreendeu - admite Silva.
O desabastecimento, segundo a Petrobras, ocorreu por problemas climáticos durante a semana passada, que impediam o descarregamento de petróleo e nafta na monoboia de Tramandaí, afetando o suprimento de matéria-prima para a Refap.