Ao analisar a forma como o Windows 8 convida o usuário a interagir com a tela, é inevitável pensar que o formato tradicional de computador pode estar com os dias contados. O desenvolvedor Christian Lykawka já pensa no futuro:
- Imagina as próximas gerações: podem nem saber porque serve teclado e mouse, equipamentos que fizeram sentido durante 30 anos.
A transição começa na próxima sexta-feira, quando computadores novos devem começar a ser vendidos já com o Windows 8. A grande novidade são os híbridos, que reúnem tela touch, leveza e teclado, em uma mistura de tablet com notebook.
Como o novo sistema operacional da Microsoft se adapta melhor à interação por meio de toques na tela, o visual e a funcionalidade dos tablets são favorecidos. A própria Microsoft aposta na ideia: lança o Surface (capa) junto com o Windows 8. Não há previsão de chegada ao Brasil, mas os preços nos Estados Unidos começam em US$ 499 (32 GB). A capa que também funciona como teclado é vendida separadamente, por US$ 119,99, e vem em quatro opções de cores.
- Só levanta voo esse tipo de interface nova com dispositivos de toque. É aí que faz mais sentido - explica Julio Machado, professor do Centro de Inovação Microsoft PUCRS.
Entre os modelos, há opções com teclados fixos e destacáveis. O HP Envy x2 aposta na primeira opção. Já o Lenovo Yoga tem uma tela que pode ser aberta em quase 360, como se fosse uma revista. O Sony Vaio Duo tem um design levemente diferente, com uma tela que desliza sobre o teclado, assim como o Dell XPS, cuja tela gira sobre o próprio eixo. Já o Samsung Ative Tab permite a conexão com teclado ou mouse.
Como boa parte dos usuários está acostumada a usar a interface Windows no desktop, as fabricantes acreditam que a busca por familiaridade vai fazê-las buscar uma experiência semelhante em outros dispositivos. A grande variedade de equipamentos que chegará ao mercado, em diversos preços e configurações, pode ameaçar o reinado da Apple, que tem pouca variedade de máquinas, a preços considerados altos, além de colocar em xeque a intenção do Google de se firmar no mercado de dispositivos móveis