A ligeira queda no rendimento médio do trabalhador no mês de maio ante abril, de 0,1% negativo, foi causada por perdas localizadas em Porto Alegre e Salvador. Portanto, o resultado não significa um recuo no poder de compra, explicou Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Instituto, o recuo é considerado estabilidade, a menos que seja igual ou maior do que -0,3%.
- O rendimento caiu nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre, que deram esse resultado geral (-0,1%). Se não fossem essas duas regiões estaríamos com rendimento aumentado no conjunto das seis regiões metropolitanas em maio - disse Azeredo.
Ainda segundo o gerente, o rendimento médio recuou 6,6% em Salvador. Mas a queda de 1,2% em Porto Alegre teve mais impacto sobre o total nacional.
- Porto Alegre tem peso maior porque o nível de rendimento também é maior. São quase R$ 300,00 de diferença. Uma queda no rendimento de Salvador preocupa, mas já é um mercado com cenário informal bastante grande, um cenário econômico não tão organizado quanto o de Porto Alegre - explicou o gerente da pesquisa.