As mensalidades das escolas particulares do Estado aumentaram 8,6%, em média, superando em dois pontos percentuais a inflação do ano passado. O cálculo do reajuste varia entre os colégios, os quais têm autonomia para fixar as planilhas de custos.
Na média, a referência é de que a folha de pagamento dos professores não ultrapasse 65% da anuidade. O restante corresponde a despesas de manutenção e administração.
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Entenda como é feito o cálculo
O presidente do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), Osvino Toillier, diz que o cômputo da mensalidade depende das particularidades de cada escola (confira quadro ao lado). Sobre o peso da folha de pagamento, Toillier avisa que não deveria superar os 70%, sob pena de comprometer o funcionamento do colégio.
O fato é que as mensalidades subiram além da inflação. O economista José Antonio de Seixas Villanova Filho, do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe/UFRGS), calculou, ontem, que o reajuste foi de 8,36%, para o Ensino Fundamental, e de 8,63%, para o Ensino Médio. Comparou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em 2011, fechou em 6,63%.
Nos últimos dias, as direções do Sinepe e do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro) trocaram notas, na imprensa, sobre reajuste salarial. Por conta da elevação na mensalidade, os professores querem 3% de aumento real.
Toillier não concorda. Lembra que, durante o ano, os professores receberão de 1% a 2% de aumentos automáticos, decorrentes de aprimoramento acadêmico e tempo de serviço (quadriênios).
Para o presidente do Sinpro, Amarildo Cenci, os números do Sinepe não são transparentes. Garante que a folha de pagamento representa em torno de 55% dos custos das escolas privadas.
Ensino privado
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