Os automóveis produzidos no Uruguai não terão o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) aumentado, anunciou o governo nesta terça-feira. Em nota conjunta, os ministérios da Fazenda e de Relações Exteriores informaram que as autoridades dos dois países "concordaram em relação à importância de dar uma resposta conjunta frente aos desafios do atual cenário econômico internacional". Os órgãos destacaram a necessidade de preservar a estrutura produtiva e os empregos na região, em particular no setor industrial.
- O Brasil comprometeu-se a adotar, no prazo mais breve possível, as medidas necessárias para que os automóveis contemplados no marco do Acordo de Complementação Econômica No 2 entre Brasil e Uruguai sejam beneficiados com a redução do IPI de que trata a Medida Provisória No 540.
Quando a mudança no IPI havia sido anunciada, no dia 15 de setembro, apenas os automóveis importados da Argentina e do México (outros dois países com os quais o Brasil tem acordo automotivo) ficariam livres de ter o IPI aumentado. O Uruguai tinha ficado de fora do benefício.
A decisão beneficia montadoras asiáticas instaladas no Uruguai: a sul-coreana Kia e as chinesas Effa e Chery.
Os dois países ainda irão aprofundar a integração produtiva das suas economias, como a constituição de "joint-ventures" entre empresas dos dois lados.
- Em particular, acordaram incentivar o aprofundamento da integração produtiva entre companhias da cadeia automotiva, com vistas à aceleração do ritmo de incorporação de conteúdo regional de automóveis e autopeças - informa a nota.
O Brasil e o Uruguai ainda acordaram aprovar a criação de uma lista para cada país com até cem produtos que podem sofrer altas de Imposto de Importação transitórias. Essa medida foi anunciada no Plano Brasil Maior, mas depende de aprovação no Mercosul. A Argentina já teria concordado.
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Brasil vai liberar carros vindos do Uruguai de aumento no IPI
Decisão beneficia montadoras asiáticas instaladas no país vizinho
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