O Governo Federal vai se mobilizar para tentar reverter a decisão da Rússia, que proíbe a exportação de carne brasileira para o país a partir do dia 15 de junho. No Rio Grande do Sul, decisão afeta 27 frigoríficos, 6 de carne bovina, 10 de carne de frango e outros 11 de carne suína, além de fábricas de ração animal. Em entrevista ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, o presidente da União Brasileira de Avicultura, Francisco Turra, reitera que o mercado russo é complicado.
- Quanto menos a gente se preocupa, talvez o resultado seja melhor - pondera.
Para Turra, não existe uma justificativa plausível para uma medida inusitada e absurda. Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro de Camargo Neto, está otimista e acredita que a medida não demorará a ser revertida.
- Existem falhas, mas não justificam a medida - afirma. Neto diz ainda que o país é dependente da Rússia e encontrar um substituto não é tão simples. Ele salienta que o país precisa encontrar uma solução até o dia 15, mas não exclui a busca por novos mercados em 2012.
Reunião em Brasília com as empresas e entidades envolvidas e o Itamaraty já estão envolvidos, porque é uma questão de governo. Para Turra, o fato da carne poder ser exportada até uma data especificada prova que a medida não tem sentido.
- É um absurdo, se tem mercúrio, veneno na carne brasileira. E digo que até dia 15 pode mandar [a carne] que tá boa, porque só depois vai ficar ruim. Só por aí dá para ver que não é uma medida séria - afirma.
Veja quais empresas gaúchas foram atingidas pelo embargo.
Notícia
Para especialistas, não há justificativa plausível para o embargo russo
Francisco Turra e Pedro de Camargo Neto falaram sobre o embargo à exportação de carne no programa Atualidade da Rádio Gaúcha
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